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11º Prêmio Região do Cerrado Mineiro terá leilão virtual entre as novidades deste ano

 




14 lotes de café serão leiloados através de
plataforma digital e inscrições começam no dia 1º de agosto



Um evento que já virou tradição na cafeicultura há
mais de uma década espera bater novos recordes em negócios este ano. É o 11º
Prêmio da Região do Cerrado Mineiro (RCM) que vai movimentar Uberlândia no dia
30 de novembro. Os produtores interessados podem se inscrever a partir do dia
1º de agosto. Esta edição apresenta muitas novidades, entre elas, um leilão
virtual. O objetivo é superar as 370 inscrições realizadas no ano passado,
quando foram movimentados mais de R$ 629 mil.



A iniciativa visa o reconhecimento do trabalho dos
cafeicultores que produzem café de qualidade e também destacar e promover a
Denominação de Origem (D.O), reverenciando a arte de produzir café de atitude e
celebrar a união do segmento.



De acordo com o diretor executivo da Federação dos
Cafeicultores do Cerrado, Juliano Tarabal, o Prêmio RCM é muito mais
que um concurso de qualidade. "É lançar e celebrar a safra, promover a
região de origem do Cerrado Mineiro, reconhecer o trabalho dos produtores e
conectar a cadeia do café, através da intercooperação", explica.



O evento promovido pela Federação dos Cafeicultores
do Cerrado tem a realização das cooperativas Carmocer, Carpec, Coagril,
Coocacer Araguari, Coopadap, Expocaccer e MonteCCer, integrando ainda as seis
associações: ACA, Acarpa, Amoca, Appcer, Assocafé e Assogotardo como
apoiadoras.



O Sebrae é um apoiador da iniciativa desde a
primeira edição. Segundo a analista do Sebrae Naiara Marra, a expectativa da
entidade é ver "a celebração de toda uma safra de várias famílias que
estão envolvidas nesta atividade tão importante para a nossa economia, mas é
também o momento de mostrar para o mercado, os cafés éticos, rastreáveis e a
qualidade que a Região do Cerrado Mineiro tem”.



Inovação nas Inscrições



As inscrições acontecem de 1º de agosto a 8 de
setembro. Serão três categorias e cada produtor poderá inscrever duas amostras
por propriedade, sendo uma na categoria Café Natural ou Cereja Descascado, mais
uma na categoria Fermentação Induzida.



Este ano, a premiação vai dar oportunidade para
todos os cafeicultores da região, desde que sejam cooperados ou associados em
Cooperativas ou Associações da RCM e credenciados pela Federação dos
Cafeicultores do Cerrado.



O evento que desde o ano passado
consagra as três melhores cafeicultoras ranqueadas da região, com o Troféu
Mulher de Atitude, também conta agora com uma novidade nas inscrições, para
incentivar ainda mais as mulheres na produção do café.



As inscrições para o 11º Prêmio RCM serão feitas
via cooperativa ou associação. Outras informações e o regulamento estão
disponíveis no endereço eletrônico: www.cerradomineiro.org/premio.



Mudança na Etapa das Cooperativas



Como ocorre todos os anos, a seleção das amostras
será realizada por um corpo de jurados profissionais. Na Etapa das Cooperativas
o primeiro lugar de cada categoria terá lugar garantido na final. No total, das
60 vagas, 18 serão reservadas para a classificação regional e as 42 restantes
serão disputadas por ranqueamento de qualidade.



Todos os 60 finalistas vão para a etapa regional. A
disputa segue nesta etapa onde serão eleitos os três melhores de cada categoria
e os três melhores cafés produzidos por mulheres.



Premiação



Os vencedores serão premiados com R$ 5 mil pelo
primeiro lugar, R$ 3 mil pelo segundo e R$ 2 mil pela terceira posição.



O incentivo à sustentabilidade também continua com
a entrega do troféu Atitude Sustentável. Para disputar o prêmio, os 60 produtores
finalistas podem inscrever projetos de práticas sustentáveis aplicadas nas suas
propriedades.



Inovações no leilão



O modelo de negócios do Prêmio será feito em quatro
modalidades: Reserva de Mercado Brasileiro (voltada para as cafeterias e
torrefações), Leilão Presencial, Leilão Virtual e Safra Premiada, com a
comercialização dos cafés que não forem vendidos no leilão.



O Leilão Presencial vai contar com um novo elemento
beneficente. Uma saca de café vai ser leiloada no maior valor possível entre os
compradores e 70% da venda será doada para duas causas: o Hospital do Amor, de
Patrocínio e o troféu Escola Atitude, que investe na educação da região.



O leilão também vai contar com uma plataforma
digital, um leilão virtual onde serão comercializados 14 lotes de café pela
plataforma. Juliano Tarabal conta que o projeto visa ampliar a esfera de
produção do café do Cerrado Mineiro. "As amostras vão ser distribuídas
para compradores no mundo inteiro antes do leilão e os compradores vão entrar
on-line para fazer os lances. A meta é atingir entre 50 e 100 compradores".



Campeões de 2022



Ser campeão de um Prêmio RCM é garantia de que o
café produzido na propriedade é um dos melhores do Brasil. E de premiações a
família Naimeg entende muito bem. Pioneiros no Cerrado Mineiro na produção de
café, o grupo, que tem quatro irmãos no comando da produção cafeeira, foi
vencedor em duas categorias do 10º Prêmio RCM.



Jorge Fernando Naimeg, campeão na categoria Café
Natural, teve o lote de café mais valorizado que atingiu 90,94 pontos e foi
vendido por mais de R$ 62 mil, por saca. Quanto ao segredo para chegar ao nível
de excelência do café produzido na propriedade, ele enfatiza que existem pontos
chaves que devem ser aplicados. “Ter uma equipe treinada para poder fazer a
pós-colheita, conhecer muito bem a matéria-prima, que é o café e escolher o
processo que vai ser utilizado para a colheita”, destaca.



Para o campeão da categoria Café Descascado, José
Aparecido Naimeg, a premiação foi um momento inesquecível porque veio ao encontro
da comemoração dos 41 anos da atuação da família na cafeicultura no Cerrado.
"Foi uma emoção muito grande saber que estávamos representando toda uma
região com café de qualidade. A paixão e o carinho que temos pelo café é um
diferencial", conclui.



Região do Cerrado Mineiro



A Região do Cerrado Mineiro (RCM) completou 50 anos
em 2022 e conta atualmente com 4.500 cafeicultores distribuídos por 55
municípios que se reinventam a cada nova safra, a cada nova geração. A RCM possui uma área de produção de 255 mil hectares
e é responsável por 12,7% da produção brasileira de café e 25,4% da produção
mineira.




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