. Medidas sanitárias evitam entrada de
agentes patógenos nas granjas
. Plantel saudável tem maior produtividade
e proporciona retorno econômico
Como toda atividade animal, a
suinocultura necessita de especial atenção dos produtores em relação à
sanidade. “Existem inúmeras doenças infecciosas que podem acometer o plantel e
comprometer de forma importante o negócio. Por isso, é crucial ter controle
sanitário rigoroso, visando minimizar as possibilidades da ação de agente
patógeno nos animais”, explica Fernanda Laskoski, médica-veterinária da Auster
Nutrição Animal.
São várias as enfermidades que afetam a
suinocultura. Entre elas, estão doença de Aujeszky, brucelose, leptospirose,
raiva, triquinelose, peste suína clássica e cisticercose suína.
Há diversas formas para os agentes
infecciosos se propagarem na granja. As mais comuns são ar, fômites (qualquer
objeto que possa transportar micro-organismos), pássaros, roedores, animais
domésticos e selvagens, dejetos, água, sêmen, insetos e ração, além das
próprias pessoas e de animais de reposição.
Para prevenir a entrada de
micro-organismos infecciosos, Fernanda Laskoski recomenda que “algumas medidas
simples são eficientes, como lavagem e desinfecção das instalações, redução e
restrição de visitas, vazio sanitário entres lotes, programa de vacinação
adequado e ajustado de acordo com os desafios e realidade de cada granja, além
de isolamento e tratamento rápido e eficaz dos animais enfermos.
O controle da procedência e da qualidade
dos ingredientes de ração, tratamento e destinação correta dos dejetos e dos
animais mortos, além de uso de água analisada para os animais e a higiene do
galpão são outros pontos extremamente importantes para o manejo sanitário.
“É imprescindível que o produtor adote
medidas para evitar a entrada e a disseminação de doenças na granja, pois elas
acarretam perdas econômicas significativas, com mortalidade de animais, maior
necessidade de medicamentos e perda de desempenho dos suínos”, alerta a
médica-veterinária. “Com a biosseguridade inserida na rotina das granjas e a
utilização de programa sanitário robusto e eficiente, os riscos são melhor
controlados”.
“Essas ações ganham mais importância
devido à força do conceito de Saúde Única (One Health), que busca a
redução e o uso consciente de antimicrobianos para promover a saúde e o
bem-estar animal, além do cumprimento de medidas preventivas de políticas de
saúde humana e pública”, completa Fernanda Laskoski.